[Valid RSS] Patinhas na Web: julho 2018

22 de julho de 2018

Adote um animalzinho!


400 bichos aguardam adoção no Centro de Controle de Zoonoses de SP 

São mais de 400 bichos, entre cães, gatos e animais rurais. 

Em São Paulo, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) conta com mais de 400 animais para adoção. São cães, gatos e até mesmo animais rurais, como cavalos e porcos, muitos Sem Raça Definida (SRD), de pelagem curta e longa, filhotes, adultos e idosos, de todas as cores e alguns portadores de deficiências físicas.

Desde agosto de 2008, o CCZ também conta com este site, que reúne mais de 130 cães e gatos. Além das imagens dos animais, os interessados podem conferir as características e as informações sobre o comportamento de cada um. Também é possível filtrar a busca pelas características que melhor se adequam ao seu perfil, com tipo, sexo, cor, pelagem, porte e idade. O site não faz reservas de animais. Para adotar, o interessado deve comparecer pessoalmente ao CCZ.

Os animais disponíveis para adoção no CCZ são vacinados, castrados, microchipados, tratados contra pulga e carrapato, vermifugados e avaliados rotineiramente quanto ao seu comportamento. Além das feiras e festas, o serviço de adoção de animais acontece diariamente, desde 1984, com o objetivo de sensibilizar a população sobre a importância da adoção de cães e gatos.

Pitty, a mais antiga do CCZ. Espera por um lar desde 2008.

Como adotar:

Para adotar, o interessado deve comparecer pessoalmente ao CCZ, na Rua Santa Eulália, 86, em Santana. O atendimento é feito de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h, e aos sábados das 9h às 15h (não funciona aos domingos e feriados).

É necessário apresentar: CPF, RG, Comprovante de residência e Coleira (para cães) ou caixa de transporte (para os gatos).

Também é preciso pagar no local a taxa municipal referente à adoção, que é de R$ 23,00. O animal será registrado em nome do adotante, que deve ser maior de idade.

Os interessados passam por uma entrevista, feita por funcionários do setor de adoção, para apresentar animais que tenham o perfil ideal para cada família. Após a aprovação, os adotantes recebem também informações sobre guarda responsável e demais orientações sobre o animal. Por isso é importante reservar um tempo no dia desta visita, já que a interação com o futuro companheiro é fundamental para encontrar o animal ideal. Muitos animais que estão no CCZ sofreram muito nas ruas, por isso precisam de um tempo para adaptação com o futuro companheiro.

Guarda Responsável

Antes de acolher um animal, tenha em mente que ele não é um brinquedo. Ele viverá cerca de 12 anos ou mais e durante todo esse tempo necessitará dos seus cuidados, independente das mudanças que aconteçam na sua vida neste período. Certifique-se também de que você é responsável pelo animal mesmo durante o período de férias e feriados.

Prefira sempre adotar a comprar um animal. A adoção contribui para que animais que aguardam por uma família consigam um lar, diminuindo também os animais que vagam pelas ruas, sem segurança. Na hora da escolha, é importante certificar que o animal tenha as características de comportamento e de tamanho condizentes com o espaço que você dispõe. Evite dar animais como presente, já que muitas vezes a família não está preparada para receber um bichinho.

Ao ser responsável pela guarda de um animal você deve garantir assistência veterinária sempre que necessário. Mantenha a vacinação em dia. A vacina antirrábica no município acontece anualmente e é obrigatória a partir dos três meses de idade. Para evitar o abandono e a superpopulação de cães e gatos, providencie a castração dos animais, seja ele macho ou fêmea. Você também deve proporcionar uma alimentação adequada e água fresca. É importante sempre mantê-lo em condições de higiene.

Os animais devem ter um espaço adequado, com abrigo do sol, da chuva e do vento. Zele para que ele não fuja de sua casa, providenciando portões e redes de proteção, mas nunca prenda nenhum deles com correntes, cordas ou aparatos similares. Passeie com o animal para que ele se exercite, sempre preso à coleira e guia para evitar fugas, atropelamentos e ataques a outros animais. O passeio deve ser evitado em horário de sol forte, pois o contato com o solo quente pode causar desconforto e até queimaduras.

Centro de Controle de Zoonoses – CCZ
Endereço: Santa Eulália, 86 – Santana.
Funcionamento: de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h e aos sábados das 9h às 15h, exceto domingos e feriados.

Documentos necessários para adoção: CPF, RG e comprovante de residência.
Taxa municipal referente à adoção: R$ 23,00 (dinheiro).
Não esqueça da caixa de transporte própria para animais (para adoção de gatos) ou coleira com guia (para adoção de cães).

Mais informações: 3397-8900

20 de julho de 2018

Meu cão, meu amigo!


É uma tristeza constatar que esse animalzinho tão amigo e fiel seja alvo de abandono, maus tratos e desprezo dos que se dizem humanos.



A imagem desse cão de rua, triste, abandonado, sem um afago, sem um gesto da misericórdia humana, parte-me o coração. 

O ser humano deveria se envergonhar por ser tão infame com os animais, levado por uma ilusória certeza de que é superior aos peludos de quatro patas que, no entanto, sabem ser muito mais humanos que esses presunçosos desalmados.

6 de julho de 2018

~Um cão apenas- Cecília Meireles


Subidos, de ânimo leve e descansado passo, os quarenta degraus do jardim – plantas em flor, de cada lado; borboletas incertas; salpicos de luz no granito eis-me no patamar. E a meus pés, no áspero capacho de coco, à frescura da cal do pórtico, um cãozinho triste interrompe o seu sono, levanta a cabeça e fita-me. É um triste cãozinho doente, com todo o corpo ferido; gastas, as mechas brancas do pêlo; o olhar dorido e profundo, com esse lustro de lágrima que há nos olhos das pessoas muito idosas.
Com um grande esforço, acaba de levantar-se. Eu não lhe digo nada; não faço nenhum gesto. Envergonha-me haver interrompido o seu sono. Se ele estava feliz ali, eu não devia ter chegado. Já que lhe faltavam tantas coisas, que ao menos dormisse: também os animais devem esquecer, enquanto dormem… Ele, porém, levantava-se e olhava-me. Levantava-se com a dificuldade dos enfermos graves, acomodando as patas da frente, o resto do corpo, sempre com os olhos em mim, como à espera de uma palavra ou de um gesto. Mas eu não o queria vexar nem oprimir.
Gostaria de ocupar-me dele: chamar alguém, pedir-lhe que o examinasse, que receitasse, encaminhá-lo para um tratamento… Mas tudo é longe, meu Deus, tudo é tão longe. E era preciso passar. E ele estava na minha frente, inábil, como envergonhado de se achar tão sujo e doente, com o envelhecido olhar numa espécie de súplica. 
Até o fim da vida guardarei seu olhar no meu coração. Até o fim da vida sentirei esta humana infelicidade de nem sempre poder socorrer, neste complexo mundo dos homens. Então, o triste cãozinho reuniu todas as suas forças, atravessou o patamar, sem nenhuma dúvida sobre o caminho, como se fosse um visitante habitual, e começou a descer as escadas e as suas rampas, com as plantas em flor de cada lado, as borboletas incertas, salpicos de luz no granito, até o limiar da entrada. Passou por entre as grades do portão, prosseguiu para o lado esquerdo, desapareceu.
Ele ia descendo como um velhinho andrajoso, esfarrapado, de cabeça baixa, sem firmeza e sem destino. Era, no entanto, uma forma de vida. Uma criatura deste mundo de criaturas inumeráveis. Esteve ao meu alcance, talvez tivesse fome e sede: e eu nada fiz por ele; amei-o, apenas, com uma caridade inútil, sem qualquer expressão concreta. Deixei-o partir, assim, humilhado, e tão digno, no entanto; como alguém que respeitosamente pede desculpas de ter ocupado um lugar que não era o seu.
Depois pensei que nós todos somos, um dia, esse cãozinho triste, à sombra de uma porta. E há o dono da casa e a escada que descemos, e a dignidade final da solidão.

Comentário

Cecília Meireles não foi apenas uma grande poeta, ela também foi magnífica em suas crônicas, todas escritas com extraordinária leveza, suave emoção e intensa poeticidade e, muitas vezes, confundidas com um conto. Vale lembrar que a crônica, nos dias atuais, possui uma forma de expressão bem particularizada, com características próprias que a tornam distinta e inconfundível com o conto. Este é pura ficção, a crônica não o é, sua gênese radica na realidade concreta. 
Ela goza de prestígio no panorama da literatura, notadamente no Brasil, onde muitos cronistas-escritores notabilizaram-se pela qualidade impar dos seus textos: Machado de Assis, Olavo Bilac, Humberto de Campos, Raquel de Queirós, Cecília Meireles, Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, Rubens Braga, Paulo Mendes, Paulo Francis, Érico Veríssimo e tantos outros, integram a galeria dos grandes cronistas brasileiros. Todos cultivaram ou cultivam a crônica com assiduidade.
Eu amo as crônicas, especialmente por sua brevidade e por se reportarem a fatos do cotidiano, a alguma experiência do autor, a algo que ele captou nas ruas, nas pessoas, etc. Dentre ao autores de minha preferência, escolhi Cecília Meireles, autora de um dos textos que mais aprecio por sua poeticidade, pela sensibilidade como ela percebe a realidade que a rodeia e pela reflexão que faz acerca da relação entre humanos e animais: Um cão apenas. 

Um cão apenas descreve um encontro casual da autora com um pequeno cão sujo e doente que dormia à sombra de uma porta. Desse fato corriqueiro, a cronista faz um tocante relato acerca da miséria, do abandono e da solidão em que vive o animalzinho, vítima da indiferença das pessoas e da omissão dela própria, que nada fez para ajudá-lo, apesar do olhar de súplica que a pequena criatura lhe lançou. Consciente de sua omissão e já com o peso da culpa a pesar-lhe na consciência, ela diz: “Até o fim da vida guardarei seu olhar no meu coração. Até o fim da vida sentirei esta humana infelicidade de nem sempre poder socorrer, neste complexo mundo dos homens”.
Vale observar a elaboração do cenário em que se desenrola a história do encontro entre a autora e o pequeno cão, notadamente o subir e descer os quarenta degraus da escada da praça: “Subido, de ânimo leve e descançado passo, os quarenta degraus do jardim – plantas em flor, de cada lado; borboletas incertas; salpicos de luz no granito -, eis-me no patamar.” Este cenário primaveril é retomado no quarto parágrafo, significando que a ação de desenrola no mesmo cenário indiferente, alheio: os mesmos elementos do ambiente rodeiam a autora que sobe “de ânimo leve e descansado passo” e o triste cãozinho que desce “como um velhinho maltrapilho, cansado, de cabeça baixa, sem firmeza e sem destino”.
A mensagem da crônica ultrapassa a tragédia do pequeno cão, estendendo-se às muitas tragédias humanas de pessoas, inclusive crianças e velhos, que vivem no mesmo abandono, especialmente nas grandes cidades. Passamos por eles, apressados, com o olho no relógio, sempre com algo mais importante e mais urgente para fazer, por vezes até nos vem um impulso para socorrê-los, mas não o fazemos por vários motivos que damos a nós mesmos, para aliviar a consciência.
Em alguns casos, só mais tarde, volta-nos à memória a lembrança daquele ser humano deitado encolhido no canto da parede, pálido, trêmulo, visivelmente doente, faminto e desamparado. Podíamos tê-lo socorrido e não o fizemos, ninguém o fez, todos indiferentes e apressados, sem tempo “para perder” com um pobre mendigo anônimo.  Afinal, em nossa sociedade materialista, não se costuma olhar para quem não vale a pena. A maioria é omissa sem remorsos, com pessoas e com cães desvalidos.
_______________________________
Por Z.C.M.C

Adote ou proteja um cão idoso de rua. Eles não falam, mas sofrem e sentem. Não os deixe passarem fome e sede. Defenda-os, não permita que os maltratem.

O espírito dos animais.

Queridos amigos,
Existe muita confusão nossa na interpretação da Doutrina Espírita. Os Espíritos nos dizem que nem todos os animais reencarnam imediatamente. Eles nos dizem que são “utilizados quase imediatamente”, e não, reencarnam imediatamente. Os animais mais evoluídos, e os que podem ter utilidade no Mundo dos Espíritos, podem ficar mais tempo. Pela Ciência e pela Doutrina Espírita, são à partir da aves.

Emmanuel nos diz a mesma coisa, indo de encontro as informações dos Espíritos e também nos tranquiliza em relação ao futuro deles, nos afirmando que eles nunca ficam sozinhos. A Bondade de Deus é infinita e não deixa a nenhum de seus filhos desamparados. Existem os Espíritos Zoófilos, que são aqueles que cuidam dos animais, que são tão bondosos que suas vibrações os envolvem em todo amor, dando bem estar e amparo a eles, como fazem conosco.

Claro que os nossos irmãozinhos não nos esquecem , mas não sofrem pela nossa ausência temporária. Devemos lembrar que podemos visitá-los durante o sono físico e eles podem nos visitar acompanhados desses amigos espirituais, como vemos relatos em várias literaturas espíritas como as do Chico Xavier, Marcel Benedeti entre outros . E assim como acontece conosco, no momento certo, programado pelos Espíritos, continuarão a sua evolução através das reencarnações, que pode ser aqui, conosco novamente, em outros mundos , ou em outras famílias.

Os animais fazem parte da nossa família espiritual, eles são nossos irmãos no corpo e no espírito, porque somo todos filhos de um mesmo Pai.



Foto ilustrativa: http://www.freeimages.com/